Empreendedorismo Feminino: Qual a sua relevância para o mercado?
Você já pensou na relevância do empreendedorismo feminino no mercado?
Esse movimento vem provocando transformações no mercado de trabalho, oxigenando as ideias e agregando em diversidade.
Além de contribuir para o empoderamento das mulheres, abrindo caminhos para que se tornem líderes não só de equipes, como também de sua própria trajetória profissional e pessoal.
No Brasil, são mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras, em um universo de 52 milhões de empreendedores, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, em parceria com a Sebrae.
Por isso, resolvemos explicar qual a importância do empreendedorismo feminino e quais são as dificuldades enfrentadas por essas mulheres ao empreender.
Importância do empreendedorismo feminino
O empreendedorismo feminino colabora para a construção de uma sociedade mais justa, gerando oportunidades de liderança para mulheres. Embora elas representem 52% da população brasileira, mulheres só ocupam posições de destaque em 13% das 500 maiores empresas do país.
Além de contribuir para o crescimento da economia e para a criação de novos empregos, o empreendedorismo feminino transforma relações sociais. Quando uma mulher alcança a autonomia financeira, não precisa se submeter a relacionamentos abusivos e violentos, pois não depenem mais financeiramente de terceiros para se sustentar.
Mulheres empregam mais mulheres
Cerca de 73% dos empreendimentos liderados por mulheres no Brasil são majoritariamente femininos, contra apenas 21% dos empreendimentos liderados por homens. Já em relação à sociedade, das mulheres donas de negócio próprio com sócios, 44 têm apenas mulheres como sócias.
Principais desafios para mulheres empreendedoras
Mesmo com todo o cenário positivo de crescimento, ainda existem diversos avanços a serem feitos. Enquanto os empreendedores em geral apontam a liberdade como principal motivo para abrir seu negócio, as mulheres brasileiras acabam fazendo isso por necessidade, para complementar a renda ou alcançar a independência financeira.
Isso, porque na maioria das vezes elas precisam assumir o sustento da família sozinhas.
Mulheres empreendedoras recebem menos que os homens e segundo informações do Sebrae elas possuem menos acesso a linhas de crédito para estruturar e expandir seu negócio.
Outros desafios estão relacionados à maternidade, que exige maior flexibilidade no trabalho. Pesquisas revelam que 53% das empreendedoras brasileiras são mães, sendo que a maioria busca por horários mais flexíveis que permitam conciliar as tarefas domésticas e a vida profissional.
No meio corporativo, elas ainda enfrentam assédio e preconceito, partindo de ideias retrógradas como a de que são muito emotivas ou de que não poderão se comprometer com a empresa se tiverem filhos.
Dados do empreendedorismo feminino pelo mundo
Considerando o cenários mundial, o empreendedorismo feminino tem avançado principalmente nos Estados Unidos, Nova Zelândia e Canadá, de acordo com o terceiro Mastercard Index of Women Entrepreneurs, divulgado em novembro de 2019.
Em um ranking formado por 58 mercados, que respondem por quase 80 da mão-de-obra feminina do planeta, o Brasil ficou na 32ª posição.
Já o levantamento “Women in The Boardroom – Uma Perspectiva Global”, da consultoria Deloitte, evidenciou o crescimento mundial do empreendedorismo feminino nos últimos anos. O percentual de aberturas de empresas ,por mulheres passou de 18%, em 2016 para 25% em 2019.
Apesar de todos os desafios enfrentados, muitas mulheres estão tomando a frente e fazendo a diferença, tornando seus sonhos possíveis através da criação de negócios de impacto social e econômico.
Por isso é sempre importante apoiar o crescimento da diversidade para que possamos diminuir as desigualdades de gênero e construir uma sociedade mais justa para as mulheres que estão por vir.