Tendência no Brasil: Coworking movimenta mais de 127 milhões ao ano
Abrir o próprio negócio é um grande desafio, que geralmente requer um alto custo de investimento e envolver várias despesas. Como uma solução alternativa e econômica, profissionais freelances, pequenas empresas ou até mesmo autônomos, investem nos coworkings como uma opção para tirar suas ideias do papel e isso vêm se tornando uma tendência no brasil.
Já virou tendência no Brasil
Segundo um estudo realizado pela Coworking Brasil, em 2018, o modelo de negócio no país movimentava cerca de R$ 127 milhões. Em 2019, o Censo Coworking Brasil, revelou que o crescimento do mercado de escritórios compartilhados cresceu 25% no último ano, chegando a 195 municípios e somando 1.497 unidades em todo o país. Apenas no estado de São Paulo, foram registrados 198 novos espaços.
Mensalmente, aproximadamente de 214 mil pessoas frequentam os espaços compartilhados, seja em uma estação de trabalho, participando de reuniões ou mesmo indo a eventos realizados no local. O serviço está presente em todos os 26 estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo especialistas, o modelo estimula a rotatividade dos estabelecimentos comerciais e diminui a chance de ficarem ociosos.
Na lista de cidades com maior número de escritórios compartilhados figura em primeiro lugar São Paulo/SP (273), Rio de Janeiro/RJ (102), Belo Horizonte/MG (62), Curitiba/PR (42) e Brasília/DF (35).
Quem são os coworkers brasileiros?
A começar pelo básico, existe um equilíbrio de gêneros: 50% se identificam como homens; 49%, mulheres; e 1% outros gêneros. Dentro disso, a idade média ficou em 33 anos, mas a variação é bem grande. Existem coworkers de 18 até 60 anos, confirmando que, sim, coworking não tem idade e é válido pra todo mundo que quiser viver essa experiência!
Quando o assunto é a área de atuação dos coworkers, um dos levantamentos mais aguardados, o Censo concluiu que os três campos mais citados foram da administração e serviços; comunicação e informação; e artes e design.
Certamente esses números se devem ao fato de que todas essas áreas podem ser facilmente desenvolvidas de forma remota. Sem contar que esses campos se beneficiam muito das interações, networking e troca de conhecimento dos espaços compartilhados. A maioria das empresas (43%) que fazem uso dos escritórios compartilhados são de pequeno porte com faturamento mensal de até R$ 5 mil. Já os profissionais independentes (31%) ganham até R$ 3 mil. Com uma média de idade relativamente jovem, também vimos que a maioria ainda não possui filhos. Ao que tudo indica, eles estão em um momento pós-estudos e de construção de carreira antes de aumentarem a família. Grande parte dos coworkers investiu na universidade, e uma grande maioria, inclusive, foi além da faculdade e já possui pós-graduação.